2009-03-07

PIB ARRASA SÓCRATES. O pior desde 1975

As ultimas previsões sobre a economia portuguesa (ver aqui ) são concludentes. O Portugal que Sócrates e seus ministros cantam está longe da realidade, que é muito pior. A verdade vai ser mais gravosa e os portugueses que se acautelem. As medidas preconizadas pelo governo com o apoio da maioria socialista, foram adoptadas com base numa visão optimista da situação, tendo como pano de fundo ganhar as próximas eleições. Ganha assim toda a legitimidade perguntar, como vão ter eficácia medidas concebidas para uma situação dita não grave e superavel com elas, se a realidade que vão encontrar é muito mais gravosa?

Alías nem era preciso este relatório para se concluir que, "a quebra acentuada do ritmo de actividade económica nos últimos meses do ano passado já tornavam possível este tipo de cenário, mas a última previsão do Banco Central Europeu para a evolução da economia da zona euro tornou este recorde negativo ainda mais provável", conforme alertaram economistas, ex-ministros das Finanças e ex-governadores do Banco de Portugal.

Eugénio Rosa, num seu estudo*, donde extraímos algumas passagens em resumo, revela o seguinte: "O governo de Sócrates ainda não compreendeu nem a gravidade, nem a dimensão, nem a provável duração da crise actual. A prová-lo está o compromisso constante do PEC:2008-2011, enviado à Comissão Europeia, de já em 2010 reduzir o défice orçamental em 1.700 milhões de euros; baixar o investimento público em -14,3%; diminuir os subsídios a empresas de serviços públicos em -42,5%, o que provocará aumentos significativos de preços; e de continuar a destruir, já em 2009, emprego na Administração Pública, o que só poderá agravar o desemprego no País. O aumento de desemprego em Portugal não se pode combater sem aumentar o investimento, pois é ele que cria emprego, e de dinamizar, de uma forma imediata, o mercado interno. De acordo com dados que o INE divulgou já em 30/01/2009, este ano o investimento das empresas deverá baixar em 8,6%, o que significa menos 2.700 milhões de euros do que em 2008. Para compensar esta redução significativa do investimento empresarial o governo, de acordo com a chamada "Iniciativa para o Investimento e Emprego" que justificou a Alteração ao OE2009, tenciona aumentar o investimento público em apenas 300 milhões de euros em 2009 com o objectivo de recuperar 100 escolas (segundo o governo, a recuperação das 100 escolas terá lugar em 2009, em 2010 e 2011). É evidente que com tão reduzido aumento do investimento público não se combate verdadeiramente o aumento do desemprego. Melhor teria sido para o País e para os portugueses, que o governo, no lugar de apoiar a banca com 24.000 milhões €, e de utilizar 1.800 milhões de euros para anular, através da CGD, os prejuízos do BNP, tivesse reforçado significativamente o investimento público e aumentado o poder de compra dos portugueses com maiores dificuldades para suportar a actual crise (reformados, desempregados e trabalhadores com baixos salários), pois seria um medida que teria efeitos imediatos na dinamização do mercado interno tão necessário às empresas. As medidas anunciadas pelo governo para combater o desemprego, são manifestamente insuficientes. Muitas delas são medidas que já existiam, cujos efeitos no combate ao desemprego tem sido reduzidos, que foram repescadas por Sócrates e dados novos nomes para poderem passar como medidas novas, uma forma de manipulação da opinião pública."

* Estudo na integra de Eugénio Rosa clicar aqui

2 comentários:

  1. Eu ainda não percebi, se estes gajos, são estúpidos, se são incompetentes, se são as duas coisas, se são simples corruptos,...agora uma coisa eu sei são uns grandes FDP.

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  2. Exacto mugabe, grandes FDP
    Andam nisto para se encherem e dizerem que mandam. Mas o maior gozo deles deve ser entre eles quando se vangloriam: de enganar os parolos e os seus parceiros de gamanço.

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